Caminhões autônomos: já ouviu falar dessa nova tendência?

Você já deve ter ouvido falar nos caminhões autônomos, não é mesmo? Estes modelos são diferenciados pelo alto nível de tecnologia empregado em sua fabricação, caminhões autônomos fazem tudo o que um caminhão convencional faz, com a diferença de que dispensam a necessidade de humanos conduzirem a direção.

Parece loucura, mas na verdade, é tecnologia pura. Este tipo de veículo é capaz de interpretar sinais de trânsito e interagir com outros elementos que encontra pelo caminho, isso porque possuem elementos de percepção de forma combinada, que possibilitam um sistema de cognição semelhante ao dos humanos.

Tais elementos de percepção podem ser entendidos como radares, processadores, sensores de proximidade, de luz e de obstáculos, sistemas de monitoramento, câmeras, entre outros. Isso pode parecer coisa de ficção científica, mas eles já são uma realidade!

Nos EUA e em alguns países da Europa, os caminhões autônomos já circulam pelas estradas, monitorados e controlados por aplicativos, através rotas mapeadas e monitoradas. Agora, se já é difícil imaginar caminhões autônomos, que dispensam os motoristas, imagine um caminhão sem cabine.

Sim, isto também já é uma realidade, a Scania apresentou o projeto AXL e realizou testes em 2019, com o objetivo de atender os setores siderúrgico e de construção civil.

No entanto, diversos testes e a ampliação de tecnologia e inteligência artificial ainda são necessários para que esta realidade seja ampliada e para que os caminhões operem no nível máximo de autonomia.

E por falar em nível máximo de autonomia, você sabe quais são os níveis de automação desses veículos?

Os níveis de automação de veículos inteligentes são cinco.

No nível 1, o caminhão consegue manter distância e velocidade do caminhão à frente, além de monitorar mudanças de faixas e frear automaticamente, caso haja risco de acidentes. Este nível de tecnologia não dispensa o motorista, mas a inteligência empregada no caminhão, consegue detectar até mesmo o nível de cansaço do condutor do veículo.

No nível 2, o motorista também não é dispensado da condução do veículo, mas pode ficar sem as mãos no volante durante um curto período de tempo. O caminhão é capaz de desviar de obstáculos, impedir ultrapassagens caso haja outros veículos se aproximando e, também é capaz de estacionar sozinho. Este nível de tecnologia está disponível em caminhões que circulam em ambientes controlados, como por exemplo, os canaviais.

Já no nível 3, o motorista pode soltar do volante com mais tranquilidade, e até ler um livro se quiser, e caso durma, o caminhão envia sinais que acordam o motorista indicando risco de acidente.

No nível 4, o motorista já é mais dispensável, sendo acionado somente quando o caminhão não souber agir diante de uma situação inusitada.  A Mercedes-Benz já tem um conceito desta tecnologia.

E, por fim, no nível 5 encontra-se o máximo da automação, dispensando completamente a presença do motorista, já que a condução do veículo é totalmente automatizada, os caminhões do nível cinco de automação não possuem volantes, nem pedais, nem câmbio. Contudo, especialista apontam que a implantação em larga escala de veículos automatizados no nível 4 ainda levará tempo, no mínimo, uma década.

No Brasil, apesar desta ainda ser uma realidade distante, já existem empresas que adquiriram frotas de caminhões autônomos, como a Vale, por exemplo, que desde 2018, já conta com este tipo de tecnologia dentro da área da mineradora, em Minas Gerais.

Os impactos da utilização desses veículos na produtividade e na redução dos custos é significativa, a carga movimentada pela Vale nesta área onde esta tecnologia foi empregada, passou de 853 para 866 toneladas por hora. A economia de combustíveis, a melhora na eficiência e o aumento da segurança são fatores que agregam valor a automação dos veículos.

Por enquanto, apenas a Volvo e a Mercedes-Benz oferecem veículos com tecnologia nível 2 de automação no Brasil, esses caminhões autônomos são utilizados na indústria de mineração e em canaviais, somente em ambientes controlados, como áreas de plantações, por exemplo, e ainda não dispensaram a presença do motorista, que ajuda a monitorar o desempenho do veículo e fazer intervenções se estas forem necessárias.

Embora ainda estejam longe de ganhar as ruas do Brasil e do mundo, esta tecnologia não para de evoluir. A empresa de tecnologia Grunner, parceira da Mercedes-Benz, estima que cerca de 60 caminhões autônomos já estejam trabalhando em plantações do Brasil, e afirma que a economia de combustível em relação ao uso do trator é de 40% a 60%, ou seja, a tendência é que esta tecnologia chegue para ficar.

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