Comportamentos de compra na pandemia: o que mudou e de que forma o mercado se adequou a isso?

O ano de 2020 foi um ano de profundas mudanças. A pandemia de Covid-19, causada pelo vírus SARS-COV-19, provocou impactos em escala mundial, gerando medo e insegurança. 

Foram colocados diversos desafios para a população, desde o próprio enfrentamento da doença e os impactos sobre os sistemas de saúde às mudanças na economia e no mundo do trabalho, agravando ainda mais este cenário. 

No Brasil, desde março de 2020, nos deparamos com escolas e comércios fechados, a mobilidade social foi drasticamente reduzida, e o “novo normal” se estabeleceu através do isolamento social, impondo restrições em todas as esferas da vida.

Em 2021 as inseguranças trazidas pela pandemia permanecem, o número de contaminados ainda é crescente, carecemos de vacina para toda a população, e mesmo depois de vacinados nos perguntamos como será o mundo pós Covid-19? 

No entanto, de uma coisa sabemos: a tecnologia de comunicação veio para ficar.

Com a necessidade de isolamento e distanciamento social, os processos de trabalho passaram por mudanças significativas; o teletrabalho, o e-commerce, os aplicativos de entrega, as plataformas de supermercados, enfim, tudo isso já existia antes da pandemia, mas agora se tornaram essenciais no enfrentamento dela, tanto para contribuir com a desaceleração do contágio, quanto para a manutenção da economia.

A oferta de serviços virtuais e soluções remotas se tornaram a alternativa mais segura diante da necessidade de isolamento social, e a inserção de pessoas e empresas no universo digital foi acelerada, provocando mudanças no modo de consumir e vender. 

Além disso, há que se considerar ainda, os impactos na renda dos consumidores, o que se refletiu numa redução do consumo, afetando assim as vendas em geral. 

Diante do cenário de insegurança gerado pela pandemia, o momento é de contenção de gastos, assim, é importante que empreendedores busquem entender as mudanças provocadas no comportamento dos consumidores. 

De acordo com um estudo realizado pelo SEBRAE/2020, a compra de itens essenciais pela internet tem sido prioridade dos consumidores.

Os supermercados, por exemplo, tiveram um aumento de 16% nas vendas online, aumentando a taxa de conversão média do setor em 8,1%. 

Os cuidados com a saúde e alimentação também cresceram, aumentando o consumo de alimentos naturais, vitaminas e produtos de higiene em 27%.

Com a necessidade de isolamento, as pessoas ficam mais tempo em casa, e isso fez com que as visitas aos sites de utensílios domésticos aumentassem 33%. De modo geral, os serviços de delivery de todo tipo obtiveram uma alta taxa de crescimento. 

Já os setores ligados aos serviços não essenciais enfrentam desafios maiores, sentindo a necessidade de fortalecer suas marcas neste momento, visando a retomada do consumo. Contudo, mantendo os cuidados essenciais para não parecerem oportunistas aos olhos de seus clientes. 

Deste modo, é importante que o propósito da marca seja fortalecido, com foco na experiência do cliente e no esforço de agregar valor na decisão de compra, compreendendo, principalmente, que o e-commerce é mais do que a venda de produtos, ele entrega soluções.

O momento exige o estabelecimento de novas estratégias, de preferência que não custem caro às empresas.

Vender online nem sempre exige grandes investimentos, mas você precisa fazer com que seus clientes saibam que sua empresa está vendendo desta forma, comunique-se com eles, deixe claro os seus esforços para implementar um novo formato de vendas. 

Há, hoje no mercado, diversas ferramentas que possuem um baixo custo para a empresa e oferecem bons resultados, como por exemplo os aplicativos de delivery, ou mesmo o próprio WhatsApp, que na versão business permite que você atenda seus clientes diretamente e ainda lhes ofereça um catálogo de produtos.  

Se sua empresa ainda não está na internet, o Google Meu Negócio é uma excelente ferramenta para começar a divulgação do seu negócio, informações como endereço da empresa, fotos, telefones, entre outras, podem ser cadastradas na plataforma e imprimir mais credibilidade à empresa. 

Existem, ainda, plataformas que agilizam as suas vendas online, como por exemplo o Zap Commerce e o Ebanx Beep, nas quais você poderá vender através das redes sociais ou mesmo montar rapidamente seu e-commerce. 

O importante é diversificar seus canais de vendas e de comunicação com seus clientes.

Aproveite as oportunidades de delivery, lojas virtuais, redes sociais, marketplace, e até mesmo o telefone, e não esqueça de mostrar aos seus clientes que do outro lado da tela existem pessoas preocupadas com eles e dispostas a oferecer o melhor serviço.